«O Aquentejo, segundo o Lino…»
(“alentejanando”)
Estes e outros mais, todos ou quase todos os dias os visito.
Raramente passo em silêncio, embora por vezes aconteça.
Os que para aqui trago são alguns dos de que mais gostei.
Porquê?
(Apetecia-me responder como alguns bestuntos: porque sim...)
É fácil de adivinhar porquê...
Vou-os enxertando aqui por ordem alfabética, que não corresponde necessariamente a uma ordem cronológica.
E temos:
Luís Januário é um caso muito sério da blogosfera.
Toca vários instrumentos. Todos com mestria. Todos muito afinados... (DESAFINADOS???)...
E do que se havia de lembrar ele desta vez?
Ora, de escrever... sobre a escrita. Mais precisamente, sobre o ponto de interrogação.
O texto (mas que “sustança”!!!) foi arrancado com certa raiva. E o final... Meu Deus...o final é ainda mais soberbo.
Como é que eu não havia de comentar:
“Maldade.
Claro que sim. Tudo o que é bom... É maldade.
Fiquei, a modos que... entupido.
Que boa peça, Luís!
Disse o quê? (Lá está o estafermo da interrogação...)
"Uma escrita seca e viril"... Foi isso.
Demais!”
Ha! E falou das reticências. “Estapores”.
E logo eu que tanto abuso delas. Das reticências...
Filósofo. Poeta e prosador. Jorge Carreira Maia desdobra-se. Faz-nos reflectir. Até sobre uma matéria tão controversa como o Aeroporto da Ota, como desta vez...
Mas com que fria sensatez o faz!
(Acho que também a sensatez se deve servir fria).
Semanas antes eu dera uma bicada sobre a matéria. Dias depois deste post de JCM, a propósito de uma restolhada no Público, também acudi sobre o assunto. Mas as palavras já Carreira Maia mas tinha tirado da boca. Como deixei lá dito.
Que Deus nos acuda!
Lembram-se do tal que anda “blogando à bolina na República do Gerúndio”?
Esse mesmo: alentejanando
Que maravilha!
Estava o compadre, aproveitando a sombra dum chaparo, matutando n’ O Aquentejo, segundo o Lino...
Eu nem tive coragem para mais do que avisar:
«Ó compadre,
calhando aleijou a criatura, home de Deus!»
Depois vem a Bet. Rapariga do meu tempo. De óptimos temperos. De nenhuns enredos.
Suave.
Por vezes sofrida.
Um porto de muitos abrigos.
Bettips é um oásis.
Reflexão pessoal? Um poema. Lindo.
(Das tais prosas poemadas de que tanto gosto!)
Não admira que me tenha saído:
“Parece que andas com uma pinça à procura das palavras como se de pérolas se tratasse. ("doçura das distâncias enganosas". "Agressividade das descidas para o mar". Por exemplo)
E são. E gostei.
E cuido que entendi um niquito!”
Os posts do José Ribeiro não têm título. Nem precisam. São parte, geralmente, dum seu infindável livro.
Os seus textos são brocados. Outros, palavras cinzeladas com uma maestria que nem a sua.
Mas não vão por mim... Leiam.
É assim. “Depois...
"falemos do refúgio das palavras especialmente inventadas
para a poesia"...
Filigrana. Muito delicada. Mas com tanto peso!...” – comentei, então.
Que me dizem?
O jovem Rui Tavares, autor do delicioso O Pequeno Livro do Grande Terramoto, joga pingue-pongue, no Público, com Helena Matos.
Não. Não é um voleizinho assim ligeiro. Qual quê? Bolas muito puxadas. Bem violentas. Ao cantinho, a raspar a mesa, depois de ter roçado a rede... A sério e a valer.
Bravo jogo, o deles.
(Quase a virar combate de boxe, por insistente vontade da pequena... Onde ela, não raro, derrapa para um jogo para o baixo...)
Ah! Mas RT tem muito melhor domínio de bola. E tem cada remate que até parece que leva fogo.
“Ó vizinha, dá licença?”, é recente.
Se gostei? Ora... Deixei lá o seguinte recado:
“Gosto da sua postura. Talvez mais que da sua escrita. (E olhe que gosto bem desta!)
Em relação à carta à vizinha... Também não era preciso ser tão (ainda que calmamente - é o seu jeito) violento!
Olhe que deixou a rapariga escaqueirada!
Se a moça merecia mais?
Cuido que sim.
Uma coisa que a muitos terá passado ao lado, foi essa valente alfinetada: "nunca fui maoísta. Tenho pena de quem foi"...
Ela estrebuchou, de certeza. Deve-lhe ter rogado uma praga... (Mas eu estou a imaginar o Rui Tavares raladíssimo com isso!...)
Força, amigo.
Que não lhe doam as palavras.”
O Rui Lucas arrasa-nos com Vinícius, tendo a coragem (ATREVIMENTO!!!) de nos lembrar O OPERÁRIO EM CONSTRUÇÃO...
Vinguei-me e atirei-lhe com “Procura-se um amigo”.
Recordem
O “monarca” da elha soltou um grunhido. E logo houve quem corresse a aparar-lhe A basófia e a bestialidade.
Kaos, com o seu traço - não de tinta, mas de ácido sulfúrico - dá-nos bem conta disso em A Vedeta.
Na verdade, “o "boneco" está demais. E a verve, excelente.
Que gozação!
(E a criatura sem entender nada!)” – comentei lá.
Cá por mim, foi uma boa safra.
E vocês, que dizem?